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25 de novembro de 2013

RJ tem papel decisivo para retomada da competitividade naval

     As políticas públicas implantadas nos últimos 10 anos foram definitivas para a retomada da indústria naval brasileira, que havia entrado em crise no final do último século e que hoje é responsável por 70 mil empregos diretos. O desafio, agora, é alcançar a competitividade que o país possuía nos anos 1970, quando ficava atrás apenas do Japão – este ainda entre os maiores do mundo no setor. O Rio de Janeiro, que serviu de principal cenário para a primeira fase da indústria no país, de "expansão e estruturação", tem o papel mais importante também nesta nova fase, de busca pela competitividade, informam especialistas. O Estado fluminense, no entanto, ainda carece de quesitos que são determinantes para que o país reconquiste o topo da lista.

    Para especialistas e profissionais do mercado, entre os principais entraves do Rio de Janeiro estão a oferta insuficiente de ensino técnico de qualidade e a ausência de investimento em tecnologia de ponta, para que a indústria possa competir em pé de igualdade com países como Cingapura e Japão. A Escola Técnica Estadual Henrique Lage, por exemplo, escola tradicional localizada em polo naval de Niterói, poderia vir a ser um centro de referência, sugere Floriano Pires Junior, professor do Programa de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ.

   O Rio concentra a experiência, a estrutura e o 'know how' que a indústria brasileira precisa para se consolidar mundialmente

   A oferta de qualificação técnica no setor privado também apresenta empecilhos para o setor. Como reforça Marcos Porto, gerente de projetos da Naproservice Offshore Estaleiros do Brasil - empresa com base na Ilha da Conceição, em Niterói -, com a explosão da indústria naval nos últimos anos e a projeção de suas conquistas na mídia, como a grande promessa em oferta de trabalho, empresários enxergaram lucro na carência de cursos de qualificação. O empenho para atrair alunos, no entanto, não parece ter sido acompanhado de uma atenção à qualidade. Trata-se dos cursos “caça-níqueis”, como definiu o profissional em conversa com o JB, cursos de curta duração e pouco compromisso com a formação de qualidade. Marcos ressalta que os profissionais têm chegado ao mercado de trabalho sem a competência necessária para exercerem suas atividades.

    Se a indústria naval do país der certo, é porque a do Rio de Janeiro deu certo