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17 de outubro de 2013

Há dois futuros possíveis para o pré-sal brasileiro

      Enquanto a licitação das imensas reservas do pré-sal brasileiro está sendo esnobada pelas grandes companhias petrolíferas internacionais, o mundo está vivendo uma verdadeira revolução no campo da energia. Durante todo o século XX, o petróleo, junto com o velho carvão, alimentou o maior período de crescimento econômico da história da humanidade. A dominação do Império britânico no século XIX fundamentava-se no carvão, abundante na Inglaterra.
      O poder dos Estados Unidos no século seguinte tem muito a ver com o fato de que o território americano era – e ainda é – riquíssimo em petróleo. Hoje, a produção e consumo dos hidrocarbonetos continuam sendo um elementos essenciais da geopolítica mundial. Só que hoje, com os problemas de meio-ambiente e a produção e o consumo de massa chegando às gigantescas populações asiáticas – e daqui a pouco africanas – é difícil imaginar que a farra petroleira dos últimos decênios possa continuar se sustentando. Como também não vão se sustentar as posições de poder dos países produtores. O que está em jogo hoje, é a própria geografia energética do mundo.
       A primeira novidade é o aparecimento das energias renováveis a preços cada vez mais competitivos. Por enquanto, os biocarburantes, o solar ou o eólico, não podem ser considerados alternativas viáveis. Mas elas começam, lentamente, a reduzir a demanda de petróleo nos países que levam essa via mais a sério. Mais importante, porém, é a utilização da força da economia digital para promover tecnologias e sistemas para diminuir o consumo de energia: sistemas de transmissão e distribuição “inteligentes” de eletricidade, edifícios energeticamente autônomos, carros manejados automaticamente e racionalização do tráfego, novas tecnologias de motores...