Mais um acidente aéreo na Bacia de Campos reafirma a necessidade de que a
Petrobrás reveja o modo como trata a segurança dos trabalhadores. Na
quarta, 27, um helicóptero cargueiro da Líder (modelo BELL 412, prefixo
PT-HUW) caiu próximo à plataforma P-07. Os três tripulantes conseguiram
acionar o flutuador da aeronave, abandonar o equipamento e serem
resgatados no mar por um bote de emergência da plataforma. Um
trabalhador teve ferimentos na perna. Outro teve princípio de
hipotermia. Todos foram salvos pela sorte de estarem próximos a uma
plataforma e por esta contar, em razão da atuação sindical, com um
serviço de emergência de prontidão. A tudo isso a empresa deu o nome de
“pouso controlado”.
A companhia também vem contestando levantamento divulgado pelo Sindipetro-NF sobre o número de ocorrências e acidentes na Bacia de Campos. Entre 1996 e 2013, o sindicato teve acesso a informações sobre 88 casos, com 27 mortes. Estes dados são baseados nos relatos dos trabalhadores, nos registros nos boletins sindicais e nos atendimentos do Departamento de Saúde. Trata-se, portanto, de algo muito mais real do que a publicidade da companhia e seus comunicados.
Mas, como mostra Editorial desta edição, os cadáveres a empresa não pode esconder: somente de 2003 até hoje, foram 20 os mortos em acidentes aéreos na Bacia de Campos. O último caso com perdas fatais ocorreu em 19 de agosto de 2011, quando um helicóptero da empresa Senior caiu no mar depois de decolar da plataforma P-65, causando as mortes de quatro trabalhadores.
Voo abortado
Diretores do sindicato que estavam na quinta, 28, no Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos, foram informados por trabalhadores que embarcavam para a P-52 que a tripulação da aeronave da Líder prefixo LCT, 8h30, abortou a decolagem. O motivo da interrupção na programação do voo foi a indicação de falha de um dos geradores da aeronave. Os dez passageiros foram levados de volta ao saguão para aguardar nova programação para a troca de turma.
A companhia também vem contestando levantamento divulgado pelo Sindipetro-NF sobre o número de ocorrências e acidentes na Bacia de Campos. Entre 1996 e 2013, o sindicato teve acesso a informações sobre 88 casos, com 27 mortes. Estes dados são baseados nos relatos dos trabalhadores, nos registros nos boletins sindicais e nos atendimentos do Departamento de Saúde. Trata-se, portanto, de algo muito mais real do que a publicidade da companhia e seus comunicados.
Mas, como mostra Editorial desta edição, os cadáveres a empresa não pode esconder: somente de 2003 até hoje, foram 20 os mortos em acidentes aéreos na Bacia de Campos. O último caso com perdas fatais ocorreu em 19 de agosto de 2011, quando um helicóptero da empresa Senior caiu no mar depois de decolar da plataforma P-65, causando as mortes de quatro trabalhadores.
Voo abortado
Diretores do sindicato que estavam na quinta, 28, no Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos, foram informados por trabalhadores que embarcavam para a P-52 que a tripulação da aeronave da Líder prefixo LCT, 8h30, abortou a decolagem. O motivo da interrupção na programação do voo foi a indicação de falha de um dos geradores da aeronave. Os dez passageiros foram levados de volta ao saguão para aguardar nova programação para a troca de turma.