Na imagem, canteiro de obras do sítio Belo Monte, onde esta sendo construída a casa de força principal da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Antônio Kelson Elias Filho, diretor de construção da Norte Energia, detentora da concessão da hidrelétrica Belo Monte, revelou a existência de ouro - agora já sepultado sob concreto - na usina, localizada no Rio Xingu, no Pará.
Quando analisamos as rochas escavadas do sítio Belo Monte, verificamos que várias delas continham traços de ouro. A partir daí, todo nosso esforço foi manter esse segredo, para evitar que Belo Monte se transformasse numa nova Serra Pelada", falou Kelson
De acordo com Kelson, o vestígio de metal até seria economicamente viável, se fosse avaliado de maneira isolada. Como sua exploração implicaria adiar a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no entanto, a ideia foi abandonada.
Não valia a pena. Fechamos o poço com concreto", afirma o diretor da Norte Energia.
E Serra Pelada, o maior garimpo do país, fica a 400 km dali, em linha reta (o que, em território amazônico, pode ser considerado perto).
Conforme nota da Folha, o diretor havia prometido relevar o "segredo de Belo Monte" em setembro deste ano, durante visita à usina para a elaboração da reportagem "A Batalha de Belo Monte
O segredo seria contado "se a reportagem resultasse equilibrada". Após o debate sobre a maior hidrelétrica do mundo, realizado no auditório do jornal, na quarta-feira (18), Kelson cumpriu a promessa.
O projeto de Belo Monte causa aversão a ambientalistas, que consideram irreversíveis os impactos da construção para o meio ambiente e também para as comunidades indígenas e ribeirinhas da região.
Além disso, o Ministério Público alega que o planejamento para compensar as comunidades atingidas não está sendo feito da forma devida. Segundo crítica dos procuradores da República, Belo Monte pode gerar um problema social na região do Xingu.
lalo de Almeida Jornal Folha de São Paulo.
