Projeto é o único que teve seu cronograma mantido pela petroleira de Eike Batista.
Até o fim do ano, a OGX planeja começar a produzir no campo de Tubarão Martelo, o único em fase de desenvolvimento que teve seu cronograma mantido pela petroleira de Eike Batista.
Depois de enterrar os planos para os campos de Tubarão Tigre, Areia e Gato, e anunciar intenção de fazer o mesmo com Tubarão Azul em 2014, credores e investidores concentram em Martelo a esperança de que a companhia ainda possa vir a ter alguma produção relevante.
A plataforma OSX-3, com capacidade para armazenar 1,3 milhão de barris e produção diária de 100 mil barris, chegou nesta semana ao Rio de Janeiro, vindo de estaleiro em Cingapura, e será conectada ao campo, na Bacia de Campos, a 81 quilômetros da costa.
Apenas depois de iniciada a produção poderá ser revisado o potencial de reserva. No entanto, a previsão de um volume recuperável de 285 milhões de barris em Tubarão Martelo deve ser revista para baixo no ano que vem, segundo fonte da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A previsão é de início das atividades no quarto trimestre, ainda sem data marcada.
Em reunião em 13 de junho, a ANP aprovou o plano de desenvolvimento de Tubarão Martelo. Mas determinou que, até o fim de 2014, a operadora apresente uma revisão dos planos de produção. A reavaliação precisa incluir "a atualização dos modelos geológicos e de simulação, bem como a apresentação de novas estimativas de produção e reservas a partir da modelagem atualizada, e dos dados reais de produção", segundo a ata da reunião.
Na ocasião, a agência considerou que a previsão para Martelo pode ter sido superestimada, da mesma forma como aconteceu em Tubarão Azul e nos demais campos. A previsão inicial para Tubarão Azul, por exemplo, era de uma reserva potencial de 110 milhões de barris e produção diária que chegou a ser estimada em 40 mil barris e depois recalibrada para 20 mil barris.