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2 de julho de 2013

JOÃO CÂNDIDO LIDER DA REVOLTA DA CHIBATA INOCENTADO HÁ 100 ANOS TEVE SUA ANISTIA RECONHECIDA APENAS EM 2008.

 
A música ”O Mestre-Sala dos Mares”, de João Bosco e Aldir Blanc, composta nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz o samba, seu monumento estará para sempre “nas pedras pisadas do cais”. O Vermelho reproduz, abaixo, a homenagem ao “Almirante Negro” e seus companheiros.
A letra da música teve que ser modificada várias vezes por conta da censura na época da ditadura militar. De acordo com Aldir Blanc, em depoimento reproduzido no site DHNet, “tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos ameaças veladas de que o Cenimar não toleraria loas e um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais”, diz o compositor.
Blanc conta que sua ida ao Departamento de Censura, por causa da música, o marcou profundamente. De acordo com ele, um sujeito lhe informou que ele estava substituindo, na letra de Mestre sala dos mares, palavras como revolta e sangue, mas o problema não era aquele: “O problema é essa história de negro, negro, negro…”, disse o censor.
“Eu havia sido atropelado, não pelas piadinhas tipo tiziu, pudim de asfalto etc, mas pelo panzer do racismo nazi-ideológico oficial”, relembra Aldir Blanc, contando que foi preciso “dar uma espécie de saculejo surrealista na letra para confundir. Metemos baleias, polacas, regatas e trocamos o título para o poético e resplandecente “O Mestre-Sala dos Mares”. Originalmente, o samba se chamava Almirante Negro ou Navegante Negro. Veja abaixo a letra da música e o vídeo no qual Elis Regina canta o samba na inauguração do Teatro Bandeirantes, em 1974.