A plataforma P-63 da Petrobras, que será instalada no campo de
Papa-Terra, na Bacia de Campos, deixou na terça, (18/06), o estaleiro da
Quip, em Rio Grande, em direção à Ilha de Santana, em Macaé, onde ainda
passará por ajustes. Segundo a estatal, o Ibama fez exigências
ambientais que passam "pela alteração do layout submarino dos poços",
mas não deu detalhes.
Parte das sete plataformas que entram em operação este ano para
ajudar a Petrobras a melhorar sua produção, a P-63 deveria ser instalada
em julho, mas teve sua operação adiada para setembro por conta dos
ajustes solicitados pelo Ibama. A empresa argumenta que o adiamento não
terá impacto relevante na curva de produção, já que o pico da unidade
não era previsto para 2013.
A meta da Petrobras é chegar a 2017 produzindo 2,75 milhões de barris
de petróleo, contra os cerca de 2 milhões atuais. A companhia tem
enfrentado problemas para elevar a produção, como a demora para obter
licenças ambientais, atrasos em prazos de construção de plataformas e um
número maior de paradas programadas.
A P-63 vai produzir no seu auge 140 mil barris por dia de petróleo e 1
milhão de metros cúbicos por dia de gás em Papa-Terra, junto com a
plataforma P-61. Toda a produção da P-61 será transferida para a P-63,
que será responsável pelo processamento, armazenamento e transferência
do óleo extraído. Operado pela Petrobras, com 62,5% de participação,
Papa-Terra tem como sócio a Chevron (37,5%).