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29 de outubro de 2012

Obras do Porto salinizam águas e terras da Baixada e podem trazer a desertificação

Sal & Areia, o X do maior desastre ecológico da região

Apesar das fantásticas apresentações a investidores, promessas mirabolantes, incentivos governamentais e fabulosos recursos oficiais captados, as obras de construção do Superporto do Açu não mostram transparência suficiente em relação aos graves problemas sociais causados e aos enormes danos ambientais envolvidos.
Diante da estranha indolência e da arraigada incompetência do Inea na região, surgem provas irrefutáveis de grandes prejuízos ambientais causados pela implantação das empresas da EBX no Açu.
Milhares de toneladas de areia e água do mar estão sendo despejadas diretamente no solo sem que nenhuma providência efetiva esteja sendo tomada.
Construção dos canais do estaleiro é a maior responsável pela salinização
As obras do estaleiro da OSX – que segundo anuncia o site da OSX, “obteve priorização pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) de uma linha de crédito que pode chegar a até R$ 2,7 bilhões e prazo de 10 anos para a construção da Unidade de Construção Naval do Açu (UCN Açu), e, em janeiro de 2012, já recebeu desembolso no valor de USD 427,8 milhões, correspondente a um empréstimo-ponte contratado com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para essa finalidade” – são apontadas pelos pesquisadores da Uenf como as maiores responsáveis pelo que está se desenhando como um dos maiores desastres ambientais da região, já que o canal tem 13 quilômetros de extensão por 300 de largura e 18 de profundidade, gerando um volume de dragagem de faraônicos 43 milhões de m³.
A gigantesca retirada de areia com água salgada, despejada através de um duto, sem nenhum tipo de contenção, em um aterro hidráulico às margens do empreendimento, e com canais de drenagem, está desviando uma incrível quantidade de água salgada para as terras férteis vizinhas, e salinizando todo o lençol freático do Açu e os canais que irrigam parte da Baixada.
Mas a dimensão do dano ambiental é incalculável, pois, além da salinização das redondezas, o desastre ambiental está chegando às terras férteis da Baixada através da salinização de toda a bacia hidrográfica local, conduzida pelos tradicionais canais de irrigação.