Os investimentos e despesas operacionais globais em exploração e
produção (upstream) e transferência de petróleo e gás em todo o mundo
atingirão a cifra recorde de US$ 1,23 trilhão em 2012. Desse total, US$
728 bilhões serão aplicados em novos projetos de E&P e US$ 500
bilhões, em áreas que já estão em operação. Com a alta de preços do
petróleo, os investimentos trilionários não ficam por aí. A projeção da
empresa de consultoria americana IHS Cera, autora de um relatório que
acompanha os projetos, é que em 2016 a indústria investirá US$ 1,64
trilhão. A IHS tem o economista Daniel Yergin na vice-presidência.
A projeção da consultoria traz um perfil dos investimentos divididos
por terra (onshore) e mar (offshore) e por região do mundo. Os Estados
Unidos lideram os investimentos em 2012, com US$ 392 bilhões,
impulsionados pela explosão de recursos (US$ 274 bilhões em 2012), e
US$ 528 bilhões (2016) que serão aportados para extração de recursos não
convencionais como areias betuminosas, óleo e gás de xisto, entre
outros. O Brasil lidera os investimentos da América Latina, que ficarão
próximos a US$ 230 bilhões no período 2012-2016, sendo grande parte
destinado ao desenvolvimento da produção de campos no pré-sal.
Mas o destaque na exploração e produção offshore, segundo a IHS, é a
região da Ásia Pacífico, que vai investir US$ 238 bilhões em 2012,
volume que a consultora projeta aumentar para US$ 323 bilhões em 2016,
sendo uma parte importante na Austrália. Na Europa os investimentos vão
saltar de US$ 45 bilhões em 2011 para US$ 57 bilhões em 2016, com
destaque para a Noruega. No Oriente Médio, com projeção de crescimento
perto de 80% no período, o destaque é o Iraque.
Segundo a IHS, as projeções refletem o grande aumento da atividade da
indústria de petróleo e gás após a recessão de 2008, sustentada pelos
“robustos” preços do petróleo e do gás (fora dos Estados Unidos), que
estão bem acima do preço de equilíbrio dos projetos.
Fonte: valor economico