O petróleo do pré-sal vai fazer o Brasil subir de posição no indesejado ranking dos maiores poluidores globais. O país, que estava na sexta posição, vai passar a ocupar a terceiro lugar, perdendo apenas para China e Estados Unidos. A projeção de triplicar a produção de petróleo, como prevê o Plano Decenal de Energia 2011-2020, vai jogar na atmosfera mais 955,82 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2 eq). É o correspondente às emissões de gases de efeito estufa - aquele responsável pelas mudanças climáticas - de 5,7 bilhões de viagens na ponte aérea, entre o trecho Rio e São Paulo. Em 2015, a produção do pré-sal estará começando a ganhar peso, com 543 mil barris diários, de um total de três milhões, segundo a Petrobras. Em 2020, terá saltado para 1,9 milhão barris/dia, de um total de 4,9 milhões.
- Estamos ganhando um cartão de milhagem de um grande emissor e não de um viajando feliz - ironiza Sérgio Leitão, diretor de Campanha do Greenpeace, avaliando que o país estaria abrindo um "atalho errado", já que a previsão é o pré-sal ser responsável por 54% da produção nacional em 2020. - A exploração do pré-sal vai destampar uma enorme reserva de carbono. Uma verdadeira bomba.
Fonte: extra online