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9 de julho de 2014

Bacia de Santos, do pré-sal, tem índice de vazamentos 400 vezes maior que Campos

    A atividade petrolífera na Bacia de Santos, responsável pela maior parte dos reservatórios gigantes do pré-sal, registrou índice de vazamentos de óleo 400 vezes maior do que Campos, bacia onde estão concentrados os poços mais antigos e boa parte da atual produção nacional, mostrou um estudo obtido com exclusividade pela Reuters.
     O alto grau de poluição na bacia onde está grande parte do pré-sal e a falta de transparência nos dados sobre vazamentos preocupa especialistas, no momento em que o Brasil se prepara para elevar de forma relevante a produção, com o desenvolvimento de áreas de grande complexidade técnica.
     Estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), com base em dados de 2008 a 2012, indicou que a Bacia de Santos jogou no mar um litro de óleo para cada 33,3 mil litros de petróleo produzidos.
     Já a Bacia de Campos teve um litro vazado para cada 13,58 milhões de litros produzidos. A bacia, concentrada no litoral fluminense, é responsável hoje por 75 por cento do petróleo extraído no país, que ainda vem majoritariamente de reservatórios que não estão nas camadas do pré-sal.
    A média nacional de vazamentos foi de um litro de óleo vazado para cada 349,6 mil litros produzidos no período.
    O levantamento da Uerj foi feito com informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e considerou o despejo de qualquer óleo danoso ao meio ambiente, como petróleo, fluidos de perfuração, combustíveis e água oleosa, por toda a indústria de petróleo marítima.