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2 de junho de 2014

Construção naval está em alta, mas falta qualificação dos profissionais

      Para continuar crescendo, empresários preparam os próprios trabalhadores

    Pelo menos um setor da economia brasileira pode se orgulhar de apresentar números chineses de crescimento: o naval. Apesar da queda de investimentos após o boom que a descoberta do pré-sal gerou nos últimos anos, o mercado naval continua em alta. Empresas de Navegantes e Itajaí são as principais beneficiadas. Com crescimento acima de 10% ao ano, a maior dificuldade para os estaleiros continua sendo mão de obra qualificada. A solução foi a própria indústria preparar os trabalhadores, que vêm de regiões cada vez mais distantes.

    Em 2002, quando abriu um pequeno estaleiro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, o ex-pescador Marcelo Zenóbio só tinha cinco funcionários. Ele lembra que teve que meter a “mão na massa” em várias ocasiões, mas valeu a pena. “O nosso primeiro bloco flutuante pesava 20 toneladas, eu ajudei a soldar, pintar etc. Hoje produzimos 14 embarcações e estamos nos preparando para construir dois diques de 2.000 toneladas. Serão os maiores do Brasil”, contou o proprietário do estaleiro Zemar.

    O estaleiro conta com 200 funcionários atualmente, sendo que 150 estão em Navegantes, onde Marcelo escolheu para fixar a empresa há seis anos. “Já conhecia essa região e lia muito sobre o crescimento naval daqui. Por isso, montamos a parte industrial toda aqui em Santa Catarina. Em Angra dos Reis ficou apenas um negócio de locação de embarcações. E aqui deu tão certo que devemos abrir um novo estaleiro, este em Itajaí, até o final do ano”, comentou.

“Como todo bom mineiro, gosto de ficar perto do mar”, brincou Marcelo, que também foi pescador e mergulhador profissional no Espírito Santo antes de entrar no setor da construção naval. “

   Sobre a região que ele optou para ficar instalar a parte industrial do estaleiro, Marcelo elogia o desenvolvimento em algumas áreas, mas critica os atrasos para conseguir licenças ambientais. “Para construir esta empresa, eu tive que entrar na Justiça, pois a liberação da licença de operação estava com mais de um ano de atraso. O próximo que estamos construindo está no mesmo caminho”, afirmou.