Trabalhadores de seis empresas que prestam serviços ao estaleiro do
Açu, em São João da Barra, interditaram na manhã desta quarta-feira
(15/01), a Estrada da Servidão, que dá acesso ao empreendimento. Segundo
a Polícia Militar, a manifestação começou por volta das 6h.
Os funcionários reivindicavam direitos trabalhistas, como
recebimento de horas itinerantes, além de melhores condições de salários
e de trabalho e também a participação de lucros em resultados das
empresas.

“As
obras foram paralisadas em virtude da manifestação dos trabalhadores
estarem reivindicando melhores condições de salários e trabalho, pois
eles não estão recebendo condições dignas de trabalho e salário",
declarou João Cunha.
Depois de horas de negociações e clima acirrado entre os
manifestantes com discussões acaloradas, houve um avanço positivo para
um possível entendimento para a classe dos metalúrgicos.
Segundo João Cunha, cerca de 1500 trabalhadores tiveram que paralisar
as obras do porto. Segundo a Polícia Militar, por conta da paralisação a
estrada estava com dois quilômetros de congestionamento.
Uma equipe de reportagem do Site Ururau que
esteve no local acompanhando todos os passos das negociações, conversou
com o Delegado da Federação dos Metalúrgicos, João Cunha que declarou
ter havido um entendimento com as empresas e que na quarta-feira
(22/01), estaria marcada a assinatura de acordo.

"Na quarta-feira terá a assinatura de acordo coletivo entre a Federação dos Metalúrgicos e as empresas", afirmou Cunha.
Já os trabalhadores da construção civil que também aderiram à
paralisação, ainda aguardam acordo. O presidente do Sindicato, José
Eulálio, informou que a manifestação não diz respeito aos trabalhadores
ligados ao Sindicato da Construção Civil e sim ao Sindicato dos
Metalúrgicos, por isso não pode interferir no movimento.
Um associado do sindicato da Construção Civil e representante dos
trabalhadores do Porto do Açu informaram que irão formalizar as
reinvidicações para levá-las a uma comissão. "Vamos preparar uma pauta
de todas as empresas que estão reinvindicando. A intenção é fazer uma
comissão para dar estabilidade aos trabalhadores", comentou.
A assessoria de imprensa da Prumo informou que apenas as obras do
estaleiro foram prejudicadas, já que a paralisação é dos funcionários da
construção naval e que as obras do Porto do Açu não foram
prejudicadas.